terça-feira, 25 de setembro de 2012

Depois de ontem.


Quem sabe um dia tamanha tempestade faça sentido, talvez um dia tantas coisas ditas sobre o todo mundo, faça sentido só por hoje.
Talvez depois dali, quando a tempestade tiver passado, possa se ver o azul de um imenso mar a saudar toda a verdade de um céu azul não ponteado de nuvens.
Dai quem sabe, possa escrever um novo poema sobre cores, uma nova verdade sobre dores e amores.
Amanhã, quem sabe, hoje!
Por enquanto, que deixe a chuva cair sem medo, sobre meu rosto pra lavar o desgosto.
E vai, continue sempre o tempo, que seja breve e eterno, que seja completo e que complete, trazendo fim ao que acabou e dando novo tom ao que se iniciou, contrastando a contradição do ser firme e ser leve.
E chega um dia que algo nos tira desse temporal.
Fitado por algo natural, me vejo e sinto no teu olhar, que de forma me acalma a continuar.
E sempre, logo ali, depois do ontem o nascer do sol trará uma nova imensidão de vida para que no vento se possa voar.

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